Pintora, desenhista, ilustradora, escritora e professora.
Estuda pintura com Carlos Chambelland, no Rio de Janeiro, entre 1940 e 1944, e com Guignard e Edith Behring na Escola do Parque, em Belo Horizonte, entre 1944 e 1947. Participa de diversas edições do Salão Nacional de Belas Artes - SNBA, do Salão Nacional de Arte Moderna - SNAM e da Bienal Internacional de São Paulo, entre 1946 e 1961. De 1950 a 1970, leciona pintura e desenho na Escola de Belas Artes de Belo Horizonte, na qual chega ocupar o corpo diretivo durante alguns anos. Em 1961, estuda na Arts Students League of New York [Liga dos Estudantes de Arte de Nova York], onde é aluna de Theodorus Stamos. Em meados da década de 1960, colabora com os jornais Diário de Minas e Estado de Minas, escrevendo sobre arte. Publica os livros Vivência e Arte, 1965, e Os Caminhos da Arte, 1977.
Realiza várias viagens ao Oriente a partir da década de 1970, e conhece o Nepal, Tibete, Japão, Tailândia e Ãndia. Nessas ocasiões, participa de seminários e palestras. Em 1979, leciona desenho na Escola de Arte Kalakshetra e criatividade na Theosophical Society [Sociedade Teosófica], em Madras, Ãndia. Motivada por tais experiências, realiza um estudo comparativo sobre as culturas indiana e brasileira, publicado no livro Oriente-Ocidente: Integração de Culturas, em 1984. Leciona artes na Universidade HolÃstica Internacional, de BrasÃlia, em 1989. Ministra workshops no curso de formação holÃstica de base. Publica o livro Maria Helena Andrés: Depoimentos, em 1998.
"Em 1944 Guignard chegou a Belo Horizonte convidado pelo então prefeiro Juscelino Kubitscheck para dirigir a Escola de Belas Artes. Senti o impacto de sua presença como uma renovação no panorama artÃstico de Minas e uma ruptura com o academismo. Procurei me inscrever em seu curso. Foi necessário um descondicionamento dos conceitos e fórmulas herdadas do academismo, para que eu pudesse ter acesso a minha própria individualidade. Meu objetivo era libertar-me do passado acadêmico e encontrar a linguagem adequada ao meu tempo. Guignard estimulava a coisa nova e a partir desse incentivo descobrÃamos nosso estilo individual. A convivência com os colegas e a poesia do Parque Municipal me estimulavam a criação e me despertavam novas indagações sobre a arte. A escola era freqüentada por grandes artistas e intelectuais. Guignard nos conduzia à Pampulha para olhar Portinari pintar o mural da Igreja de São Francisco e ali tÃnhamos contato também com Burle Marx, Santa Rosa e outros artistas vindos do Rio de Janeiro. Naquela época, Belo Horizonte vivia uma sÃntese de todas as artes, com a criação do conjunto da Pampulha, a presença do maestro Bosmans regendo a Sinfônica e de João Ceschiatti dirigindo peças de teatro. A guerra na Europa fez chegar até nós artistas de grande relevo, tais como Maria Helena Vieira da Silva, Arpad Szènes, Bernanos e Marcier. O encontro com esses artistas internacionais nos possibilitava sair do regionalismo e enxergar mais longe. Foi uma época de grande efervescência na capital mineira".
Maria Helena Andrés
ANDRÉS, Maria Helena. Maria Helena Andrés : depoimentos. Belo Horizonte : C/Arte, 1998. 96 p. il. p. b. color. (Circuito atelier). p. 12-13.
Brazilian American Cultural Institute - Baci - Washington D.C (Estados Unidos)
Casa do Brasil - Paris (França)
Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo - MAC/USP - São Paulo SP
Fundação Cidade da Paz - BrasÃlia DF
Fundação Clóvis Salgado - Belo Horizonte BH
Museu de Arte Contemporânea de Santiago do Chile
Museu de Arte da Pampulha - MAP - Belo Horizonte MG
Museu de Arte de Santa Catarina - Masc - Florianópolis SC
Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM/SP - São Paulo SP
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ - Rio de Janeiro RJ
Museu Mineiro - Belo Horizonte MG
Museu Nacional de Belas Artes - MNBA - Rio de Janeiro RJ
Museum of Fine Arts - Houston (Estados Unidos)
New Mexico Museum of Art - Santa Fé (Estados Unidos)
Palácio da Alvorada - BrasÃlia DF
Pinacoteca Municipal - São Paulo SP
Seattle Art Museum - Seattle (Estados Unidos)