Salvador Dalà (1904, Espanha, 1989)
foi um importante pintor catalão, conhecido pelo seu trabalho surrealista. Os quadros de Dalà chamam a atenção pela incrÃvel combinação de imagens bizarras, como nos sonhos, com excelente qualidade plástica.
Dalà foi influenciado pelos mestres da Renascença e foi um artista com grande talento e imaginação. Era conhecido por fazer coisas extravagantes para chamar a atenção, o que por vezes incomodava os seus crÃticos.
Salvador Domenec Felip Jacint Dalà Domenech era filho de Salvador Dalà i Cusà (de remota origem árabe), de classe média e figura popular da cidade, e de Felipa Domenech, uma dona-de-casa católica.
Iniciou sua educação artÃstica na Escola de Desenho Municipal. Em 1916, durante férias de verão em Cadaquès, descobriu a pintura impressionista.
Sua primeira exposição pública foi no Teatro Municipal de Figueres, em 1919. Em 1921, sua mãe morreu e, passado um ano, o pai casou-se com Tieta, irmã de Felipa.
Em 1922, Dalà foi viver em Madri, onde estudou na Academia de Artes de San Fernando. Nessa época, ele já chamava a atenção nas ruas como um excêntrico, usando cabelo comprido, longos casacos, um grande laço no pescoço, calças até o joelho e meias altas.
Nos quadros fazia experiências com o cubismo e o dadaÃsmo. Tornou-se amigo do poeta Federico GarcÃa Lorca e do cineasta Luis Buñuel.
Dalà foi expulso da Academia de Artes em 1926, depois de declarar que ninguém ali era suficientemente competente para avaliá-lo. Foi nesse mesmo ano que Dalà fez sua primeira viagem a Paris, onde se encontrou com Pablo Picasso.
Nos anos seguintes, realizou uma série de trabalhos influenciados por Picasso eMiró, enquanto ia desenvolvendo seu estilo próprio.
O ano de 1929 foi importante para DalÃ. Ele colaborou com Luis Buñuel no curta-metragem "Un Chien Andalou" e conheceu, em agosto, sua musa e futura mulher, Gala Éluard (Elena Ivanovna Diakonova, uma imigrante russa, na época casada com o poeta Paul Éluard).
Ainda em 1929, Dalà fez exposições importantes e juntou-se ao grupo surrealista no bairro parisiense de Montparnasse. Em 1934 Dalà e Gala, que já viviam juntos, casaram-se numa cerimônia civil.
Em 1939 os membros do grupo surrealista expulsaram Dalà por motivos polÃticos, já que o marxismo era a doutrina preferida no movimento e Dalà se declarava "anarco-monárquico". Dalà respondeu à sua expulsão declarando: "O surrealismo sou eu".
Quando do inÃcio da Segunda Guerra, Dalà e Gala mudaram-se para os Estados Unidos, onde viveram durante oito anos. Em 1942, Dalà publicou sua autobiografia "A Vida Secreta de Salvador DalÃ".
Na Catalunha Dalà viveu o resto da vida. Em 1960, o pintor começou a trabalhar no Teatro-Museu Gala Salvador DalÃ, em Figueres. Foi o projeto de maior vulto de toda a sua carreira e seu principal foco até 1974.
Os últimos anos de vida com Gala foram turbulentos. Ela fazia com que Dalà tomasse antidepressivos e calmantes em altas doses, o que lhe danificaria o sistema nervoso. Gala morreu em 10 de junho de 1982. Dalà ficou profundamente deprimido, perdendo toda a vontade de viver.
Mudou-se de Figueres para um castelo em Pubol. Em 1984, deflagrou um incêndio no seu quarto, em circunstâncias pouco claras. Dalà foi salvo e levado para Figueres, onde um grupo de amigos assegurou que o pintor vivesse confortavelmente seus últimos anos no teatro-museu.
Salvador Dalà morreu de pneumonia e falha cardÃaca na cidade onde nasceu e foi sepultado no átrio principal de seu teatro-museu.
As duas maiores coleções de trabalhos de Dalà são o museu Salvador Dalà em Saint Petersbourg, na Flórida, Estados Unidos, e o Teatro-Museu Gala Salvador DalÃ, em Figueres, na Catalunha, Espanha